segunda-feira, 30 de agosto de 2010

SOUL SISTER ♥



Hoje estava vendo coisas antigas e sentindo o coração ficando cada vez mais apertado. Mas vou falar de outra coisa, e não de saudade, porque esse assunto levaria horas, lágrimas, raiva, e aquele aperto insuportável.

Na verdade o assunto de hoje não interessa a ninguém a não ser a mim mesma. Eu só quero imortalizar aqui um depoimento que mandei pra Letícia no dia 27 de Abril de 2007. É engraçado como as coisas mudam e como outras definitivamente não mudam.
 
Todo mundo já sabe que "que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons". Letícia é, a cima de todas, uma delas.

Letícia
E assim que passarmos no vestibular, trabalharemos e teremos grana extra todas as férias. Iremos juntas pro rio de janeiro, depois pro universo paralelo. Depois saíremos juntas pela américa latina. bariloche, peru, cuba, jamaica e caribe. Iremos para a europa - frança, portugal, espanha, grã-bretanha, alemanha e grécia. De lá partiremos para o oriente. Japão, china, austrália e nova zelândia.
Enfim chegaremos na Am. do norte e nos divertiremos bastante em nova york, vegas, california, canadá, sao francisco e méxico.
Comeremos de tudo, teremos contato com todos os tipos de cultura possíveis, dançaremos bastante, aproveitaremos pra caralho. Shows com Jack Johnson, Lauryn Hill, Aerosmith, Rolling Stones e tantos outros.
Só voltaremos pra casa, depois de termos visto leões na Africa.

Nossos sonhos não ficarão só em livros e em filmes, leticia. Promessa.



E é isso aí neguinha, se depender de nós, vai ser assim mesmo e muito mais!!


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

I don't respect your system, I won't protect your system.





Nunca fiz nenhum estudo aprofundado sobre política, mas eu acho que ninguém precisa disso pra falar o que eu to pensando agora. Acabei de assistir aquele vídeo sobre os candidatos 2010 e eu não vou negar que, sim, eu ri algumas vezes, mas no fundo no fundo, eu fiquei foi abismada pelo fato de que não levamos os nossos políticos a sério, e o pior de tudo: nem eles se levam a sério.


Eu preciso tirar o meu chapéu pro Tiririca – pra você ver em que ponto chegamos. O cara vai lá, e fala o que realmente todos deviam falar: ‘Pior do que tá não fica’ e ainda por cima tira uma onda, faz graça, ri da nossa cara, da cara dele mesmo e da situação. Faz essa dança ridícula e engraçada no final e ainda fala que não sabe o que um Deputado Federal faz. O cara vai ser eleito. Vai ser eleito fazendo graça, e lá dentro, ou vai se tornar um cara sério rico, ou um cara engraçado rico. Pelo menos ele ta melhor que os outros.


Sobre os outros, nenhum merece comentário. A não ser os relacionados ao Enéas. Não que eu fosse apaixonada por ele e que eu defenda ele com unhas e dentes – afinal, não sei bulhufas dele. Mas, vai pra PUTA QUE O PARIU (em caixa alta, com muita raiva no coração) uma pessoa capaz de ir numa televisão, falar em nome de outra que não está mais aqui pra poder se pronunciar sobre o assunto e ainda por cima, usar a imagem dela pra conseguir algo que quer. Foi esse o fato que me fez achar o vídeo mais trágico do que engraçado.


Eu sei que a política no Brasil é uma palhaçada, assim como muitas outras coisas, eu sei que vai demorar demais pra mudar - se é que vai mudar, eu sei que mil pessoas já organizaram movimentos pra tentar melhorá-la, eu sei que existe a ‘façanha’ do ‘voto em branco’, mas na verdade eu já desisti disso aqui. É tudo uma rede tão grande de corrupção e sem-vergonhice por trás de tudo, que eu sinto um desespero e um sentimento de impotência e idiotice tão grandes que me faz ficar nessa inércia. A mesma inércia que mantém esses milhões de brasileiros.


E aí eu penso nas soluções: “Vamos juntos, nos unir e lutar contra tudo isso, porque a união faz a força!” Pro caralho com isso. Pode ser lindo, envolvente, mágico e revolucionário, mas se acontecer, o que já é difícil, os que entrarem lá vão fazer as mesmas coisas – me parece ser um ciclo vicioso. Claro, uma mudança pode vir a acontecer. Mas eu realmente acho essas relações humanas que envolvem homem/dinheiro/poder tão absurdas que eu não tenho esperança nenhuma. É preciso ressaltar mais uma vez que o meu embasamento sobre o assunto é pequeno, mas eu to falando mais uma coisa que eu penso e só.


Pode me chamar do que quiser, e pode até ser que daqui um tempo eu venha aqui, leia esse texto e fique embasbacada com ele, pensando: “WHAT?”. Mas essa é a cabeça dos meus quase 22 anos, sem nenhum tipo de experiência com o assunto. Pra mim, a verdade é essa: eu não tenho fé na nossa política e nem nos que com ela mexem.

'THE SYSTEM IS A JOKE'.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Shooting the breeze.


Parece que todo o dia de hoje e as duas últimas semanas me serviram pra mostrar o quanto eu quero, ou pelo menos tento promover o desapego. Na minha opinião, essas borboletinhas malditas que ficam voando no seu estômago, na verdade, são o início de alguma coisa que vai te corroer e que vai te deixar bem doente. Então, quando eu sinto a primeira alçar voo, aquele medo já bate e minha vontade é vomitar pra que elas voem pra fora de mim.



O tal do apego é dificil. Claro que é lindo. O amor é lindo. Você imaginar sua vida, ter sua vida pensando em outra pessoa é lindo. Mas você já parou pra pensar quantas vezes você vai passar por isso? Quantas vezes você vai sofrer porque as coisas não saíram como planejadas ou porque simplesmente não aconteceram? Exceções claro: sometimes, o amor vem, permanece, e continua até o final da vida – exceção que eu invejo. Mas o pior não é o fato de as coisas não acontecerem como planejadas. É o fato de que tudo o que você sempre sonhou, desde uma mera criancinha, não acontecer porque simplesmente você conheceu alguém de gostos diferentes e que te levou, inconscientemente, pra outro estilo de vida - o quê você só percebe depois de anos, sentada no sofá da sala, vendo televisão: ‘Sempre quis tanto fazer isso, mas aí conheci seu pai, casei... passou a vontade’.



Assim, por mais que eu fale mal, que eu critique, que eu ache patético, a mais pura verdade é que eu tenho medo de amar desse tanto que eu sei que somos capazes. O que eu realmente acho é que esse sentimento é o sentimento mais filho-da-puta do mundo – só ele é capaz de me fazer querer alguma coisa muito e ao mesmo tempo ter medo de outras extremamente ligadas à ela.



E eu não promovo o desapego apenas em relação ao sexo oposto não. Eu principalmente promovo o desapego familiar. Promovo, porque eu sinceramente não consigo. Eu queria muito pegar a mochila, dar uma de Alexander Supertramp, ou até mesmo uma de Elizabeth Gilbert. Mas aí vem, novamente, o tal do apego: eu não aguentaria aquele buraco negro gigante que ficaria dentro de mim por causa da saudade. Saudade, saudade, outro sentimento que me tira a cor.



Enfim, é horrível ver como tudo muda, como tudo passa, como tudo depende de cada mínima decisão que você faz no seu dia-a-dia enquanto você almoça um McDonald’s rapidamente pra voltar pro trabalho, ou enquanto você toma aquele café pensando que roupa você vai usar a noite. É tudo uma sucessão de fatos que não fazemos idéia de onde, nem quando vai parar.