E quando jogou a fumaça pra cima
Mais uma vez percebeu que a Lua que estava no céu era aquela.
Aquela que estava sempre sorrindo pra ela.
Um sorriso lindo, brilhante e contagiante.
Aquele mero fiozinho que representava tudo.
Representava aquele fio de esperança, talvez o último.
E outra vez parava pra tentar entender quando que
a sorte daquele sorriso cairia especialmente sobre ela.
O problema é que esse sorriso no céu dura uma semana
E logo em seguida já desaparece, deixando-a num breu sem fim
mostrando que tudo que vem, vai
mas que pode voltar mesmo assim
num ciclo infinito
E então ela nem se apega tanto à esse sorriso
E acaba gostando também das outras luas
Só que ela sabe que o danado vai voltar
E estará lá, mostrando, sem vergonha, a sua boca sorridente
Desacompanhado de qualquer estrela fajuta.
mb.