segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vocábulos feios para verdades ainda mais feias.

Você caga no meu pau.
Destrói toda a calma tão bem trabalhada.
Me engorda.
Me aflige.
Coloca em cheque todas as minhas concepções.
Me faz perder a fome.
Me faz perder a forma.
Me faz perder a calma.
Faz com que eu perca os meus dias.
Destrói as minhas unhas.
Destrói o meu estomago.
Destrói toda a minha normalidade corriqueira.
Sem imaginar, eu suponho.

Sem imaginar? Como?
Tá aqui, escrito em caixa alta na minha testa.
No meu olho. No meu sorriso maroto.
Na minha mão, que impressionantemente sempre fica com a palma virada pra cima enquanto conversamos. Sim. Me falaram e eu não acreditei: o corpo realmente fala. 
Está na minha perna que nunca para de tremer. Nas minhas risadas sem fim das coisas sérias, não-serias e não-engraçadas que você fala.
Está no meu ciúme doentio.

E ainda assim aqui continuo.
Perdendo as estribeiras às vezes, mas jamais perdendo a esperança.
Que maldição. 
Tampando o sol com a peneira e criando respostas para a sua falta de interesse.
Ainda pensando em qual roupa usar.
Em como agir, em como falar, em como te encontrar.
Ouvindo músicas e ligando toda e cada frase à você. 
Imaginando aquele futuro próximo, que na verdade nem é futuro.

Veja só você quanta babaquice.

Mais uma vez.

Vontade de subir num prédio e gritar com um alto-falante:
“FILHO DA PUTA, É TUDO FILHO DA PUTA!”

Me aguarde. 


kiwi.


mb.