sexta-feira, 15 de outubro de 2010

STARTS WITH YOU ♥



Absurdamente frio, muito vento, bebida cara, comida mais cara ainda, muita gente, muita gente bonita, muito homem, muito sol, muito tudo. Os festivais são maravilhosos. O intercâmbio de conhecimento e de cultura que você tem com pessoas novas é o mais legal. Você conhece gente do país inteiro que está lá pra ver a mesma coisa que você. Definitivamente existem muitas “almas gêmeas” pelo mundo afora.

Pra quem gosta de música, a espera por um festival é de dar frio na barriga. Imaginar você frente a frente com aquela banda tão amada é inexplicável e inimaginável. E de repente, anunciam que sim, eles vêm.

E, mais de repente ainda, lá estão eles: a poucos metros de você.

Eu não sei se vocês já pensaram nisso, mas vocês já pararam pra imaginar o quanto a admiração por uma banda é gigante? O quanto deve ser delicioso você estar em cima de um palco e ter mais de 50 mil pessoas gritando por você? Pessoas que se locomoveram kilometros e kilometros só pra te ver? Cantando a música que você criou? Realmente Janis Joplin tinha razão ao dizer que “fazia amor com 25.000 pessoas durante um show e depois voltava sozinha pra casa”.

E não é bom pensar só na parte deles. Você lá, como fã, ouvindo tudo o que eles cantam e tudo o que eles falam. Não sei vocês, mas minha vida é totalmente ligada à música. Acordo, durmo, tomo banho, no carro, no ônibus, a todo o momento. O Podinho é inseparável! Assim, você numa arena, cercada por aquela multidão de pessoas com a mesma paixão que você, gritando a mesma coisa que você e vibrando ao mesmo tempo que você.
Em meio a tantos gritos eu reparava a paixão das pessoas. Nunca vou esquecer um cara ao meu lado que sabia TODAS as músicas do Incubus e as cantava com o maior amor do mundo. E, nesse mesmo momento, garotas, próximas a mim, que estavam alucinadas, se deliciando com a beleza do cantor, que realmente merece.
A vibração de um show é muito legal. A sensação de um show é muito gostosa. A gente libera adrenalina, libera lágrimas. O momento é inesquecível. E toca aquela música, que parte seu coração, que te lembra daquele momento crucial pelo qual você já passou – graças a Deus ou, infelizmente. Ou, aquela música que te dá vontade de pular, chegar no céu e voltar. ENFIM, parece que tudo o que eu sentia nos show eram vibrações boas: afinal, ninguém foi pro festival pra lamentar-se. Foi maravilhoso.

Vanessa, Lê e Eu, depois do show do Kings. 10/10/10!


Poderia ficar horas aqui falando de cada show: Rage (dá-lhe Rage e dá-lhe Vanessa!), Joss Stone, Cavalera Conspiracy, Regina Spektor, Los Hermanos, e por aí vai. Mas, pela minha parte, preciso dar meu depoimento de um único que nunca mais vai sair da minha cabeça e do meu coração.

Kings of Leon foi de morrer. Escuto a banda há mais de três anos e nunca imaginei vê-los ao vivo. A paixão pelo Caleb Followill só aumentou. Sabem aquelas adolescentes que são alucinadas pelo Justin Bieber? Eu sou assim por ele. Meu coração dá aquele aperto, eu tenho ciúmes e eu consigo ficar horas sentada numa cadeira, pensando como eu poderia encontrá-lo e como vai ser esse momento. Patético eu confessar isso, mas não vou mentir. É verdade e ponto. Por isso que eu digo: "from my womb to my tomb I guess I'll always be a child". Quem sabe his child. Hahaha.


Hora que a banda entrou eu não sei nem falar o que eu senti. Foi tudo o que eu descrevi lá em cima multiplicado por mil. As lágrimas começaram a cair incessantemente hora que começaram os primeiros toques de Fans. Daí pra frente, não parei mais. A cada música era um choro maior ainda. Manhattan, Closer, Revelry, Be Somebody, Use Somebody, Sex on Fire (fui a LOUCURA com essa!!) e assim por diante...Não sabia se eu estava chorando por estar vendo a banda, por estar ouvindo músicas que me lembram tantas coisas ou se é porque eu queria estar lá no palco ou grudada no pescoço dele. Foi uma junção de tudo. Mas a cena de eu sair correndo e pular tudo quanto é grade passou pela minha cabeça diversas vezes. E foram muitas outras em que eu me segurava pra não falar pra Letícia, companheira fiel e inseparável: “Lê, me dá pezinho e me taca pra dentro dessa área separada?!”.
Não sei explicar e nunca vou poder reproduzir num papel o sentimento que eu tive ao vê-los. Quando eu choro em show é porque o show merece. Para sempre KINGS! E se tiver ano que vem de novo, lá estarei eu, e dessa vez BEM na frente.




Para completar só queria falar uma coisa que eu sempre pensei: Eu acho que todo cantor devia ser feio. Cantor não pode ser bonito. Ele já consegue te enfeitiçar com a voz, vai te enfeitiçar com a beleza também? Isso não é justo pra quem tem o coração mole como eu! Isso serve, principalmente para o TOP 3 de toda a história da música: Caleb Followill, Elvis Presley e, claaaaaaro, Jim Morrisson!!!!! Para sempre em nossos corações!!!!